São Clemente de Roma (c. 35-c. 100) papa
Carta aos Coríntios, §§ 7-13; PA 1, 108-110
Percorrendo todas as épocas, veremos que, de geração em geração, o Mestre ofereceu a possibilidade de conversão a todos quantos queriam voltar para Ele. Noé pregou a conversão, e aqueles que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos ninivitas a destruição que os ameaçava; eles arrependeram-se dos seus pecados, apaziguaram a Deus e, apesar de Lhe serem estranhos, alcançaram, por suas súplicas, a salvação. Pela sua vontade omnipotente, Deus quer que todos aqueles que ama participem da conversão. É por isso que devemos obedecer à sua magnífica e gloriosa vontade. Imploremos humildemente a sua misericórdia e a sua bondade, e confiemo-nos à sua compaixão, abandonando preocupações frívolas, discórdia e inveja, que só conduzem à morte. Sejamos humildes, meus irmãos, rejeitemos todos os sentimentos de orgulho, de jactância, de vaidade e de cólera. Agarremo-nos firmemente aos preceitos e aos mandamentos do Senhor Jesus, tornando-nos dóceis e humildes diante das suas palavras. Pois diz o texto sagrado: «Para quem voltarei o meu olhar, senão para o homem humilde e pacífico, que teme as minhas palavras?» (Is 66,2).