«Jesus subiu ao monte para rezar»

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942)carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A Oração da Igreja

Todas as almas humanas são templo de Deus e isto abre-nos uma perspectiva vasta e absolutamente nova. Para compreendermos a oração da Igreja, temos de olhar para a vida de oração de Jesus. E vemos que Ele participou no serviço divino, na liturgia do seu povo; que conduziu a liturgia da antiga Aliança ao seu cumprimento na nova Aliança. Mas Jesus não Se limitou a participar no serviço divino público prescrito pela Lei. Os Evangelhos fazem referências ainda mais numerosas à sua oração solitária no silêncio da noite, nos cumes ermos das montanhas, em lugares desertos: a vida pública de Jesus foi precedida de quarenta dias e quarenta noites de oração (cf Mt 4,1-2); retirou-Se para rezar na solidão da montanha antes de escolher os seus doze apóstolos e os enviar em missão; preparou-Se para caminhar até ao Gólgota no Monte das Oliveiras, e o lamento que dirigiu ao Pai nessa hora, a mais terrível da sua vida, é-nos revelado em breves palavras, que brilham como estrelas na nossa própria hora de Monte das Oliveiras: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice. No entanto, não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22,42). Estas palavras são um clarão que ilumina por instantes a vida mais íntima da alma de Jesus, o insondável mistério do seu ser de Homem-Deus e do seu diálogo com o Pai, diálogo que durou toda a sua vida, sem jamais ser interrompido.

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