«Ai de vós, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis»

Isaac o Sírio (século VII) monge perto de Mossul
Sentenças 117, 118

A sobriedade vigilante ajuda mais o homem que as obras exteriores. […] Não é possível uma pessoa dominar verdadeiramente os desejos corpóreos – a preguiça, a ira, a gula – e não adquirir mansidão. Exercido o desprendimento de tudo com discernimento, seguem-se-lhe a recusa dos confortos corpóreos e da preocupação com a opinião dos outros. A pessoa que, por amor a Deus, acolhe com alegria e diligência o mal que lhe fazem é pura de coração (cf Mt 5,8); e, se não despreza ninguém, é verdadeiramente livre. […] Não alimentes o ódio contra o pecador, porque todos somos culpados. Se, por amor a Deus, tiveres contra ele motivos de censura, lamenta-o. Porque lhe terias ódio? É o seu pecado que deves odiar, ao mesmo tempo que rezas por ele, para seres como Cristo, que, longe de Se indignar com os pecadores, rezava por eles (cf Lc 23,34). […] Que razão terias, pois, para odiar o pecador, tu que não passas de um homem? Seria por ele não estar à altura da tua virtude? Mas onde está a tua virtude se te falta caridade?

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