Livro das Horas do Sinai (século IX) Cânone da meia-noite, 8.ª ode; SC 486
Aquele que as hostes celestes glorificam, diante do qual tremem os querubins e os serafins, que todo o sopro e toda a criatura celebram, bendizei-O e exaltai-O pelos séculos dos séculos. Acende a lamparina da minha alma, faz brilhar a tocha do meu espírito, ó meu Salvador, para que eu possa estar à tua espera a meio da noite com os meus companheiros, de rins bem cingidos. Verdadeiramente radiantes e bem-aventurados serão esses servos que o senhor encontrar vigilantes ao voltar, perseverando no temor a meio da noite; peço-Te que me julgues digno de ser um deles. Ó minha luz temível, minha luz incompreensível, Filho unigénito que resplandeceste para fora do Pai, concede-me um facho da tua luz, concede-me a tua divina misericórdia, para que eu não tenha de gemer com as virgens loucas. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Mãe de Deus, tu deste à luz por nós, como criança recém-nascida, o Ancião dos Dias, que nos mostra novos caminhos nesta terra e renova a nossa natureza envelhecida, tu, Bendita e Imaculada.