Anos Ímpares
São João Bosco, presbítero
Memória
João Bosco nasceu em 1815, perto de Castelnuovo, na diocese de Turim. Sofreu muitas privações na sua infância. Ordenado presbítero, consagrou todas as suas energias à educação da juventude, usando o método da persuasão, da religiosidade autêntica, do amor que procura prevenir, em vez de reprimir. Fundou várias obras, sobretudo a Sociedade Salesiana de são Francisco de Sales e, com o auxílio de santa Maria Domingas Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, para a formação da juventude no trabalho e na vida cristã. Morreu neste dia, em 1888, em Turim na Itália.
Leitura I Heb 10, 32-39
Irmãos:
Lembrai-vos dos primeiros dias,
em que, depois de terdes sido iluminados,
suportastes tão grandes e dolorosos combates,
ora expostos publicamente aos insultos e tribulações,
ora tornando-vos solidários com os que eram assim tratados.
De facto, compartilhastes o sofrimento dos prisioneiros
e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens,
sabendo que possuís riqueza melhor e duradoira.
Não queirais, portanto, perder a vossa confiança,
que terá uma grande recompensa.
Vós tendes necessidade de perseverança,
para cumprir a vontade de Deus
e alcançar os bens prometidos.
Porque «ainda um pouco e bem pouco tempo,
e Aquele que há de vir não tardará».
Ora «o meu justo viverá pela fé,
mas se retroceder, não agradará à minha alma».
Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição,
mas daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma.
compreender a palavra
O autor da carta dirige-se àqueles que foram iluminados, querendo dizer os que foram batizados, e que foram experimentados com grandes tribulações. Estes partilharam o sofrimento causado pela perda dos bens e por isso, também sentiram a alegria de quem conhece uma riqueza maior do que as riquezas deste mundo e a aceitação dos homens. Agora, diz, não devem perder a confiança, mas com perseverança devem continuar a experiência de Deus até chegar aos bens prometidos. “Nós não somos daqueles que retrocedem, mas daqueles que perseveram na fé”.
meditar a palavra
O batismo é uma experiência que nos acompanha a vida toda. Naquele dia aderimos com fé ao projeto de Jesus que há de concretizar-se um dia na salvação da nossa alma. Até lá, porém, muitas tribulações, perseguições, insultos e chacota do mundo nos pode acontecer. No meio das tribulações sabemos que somos solidários com todos os que passaram pela mesma experiência e isso deve fortalecer-nos. Aqueles que vivem da fé e são iluminados pelo batismo permanecem firmes, perseverantes sem desanimar porque sabem que a recompensa é para os que fazem a vontade de Deus.
rezar a palavra
Concede-me, Senhor, o dom da perseverança. Conhecendo pelo batismo a riqueza a que sou chamado, ilumina-me com a luz da fé para não sucumbir às perseguições daqueles que contra mim lançam a perseguição a fim de me desviar da salvação que vem de ti.
compromisso
Recordo o batismo e o tempo em que o Senhor me fez forte diante das tribulações.
Evangelho Mc 4, 26-34
Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo se mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
compreender a palavra
O Reino de Deus é uma realidade difícil de definir. Jesus utiliza algumas parábolas para nos ajudar. Nestas parábolas mostra dois aspetos do Reino. A primeira ensina que o segredo do reino está na ação silenciosa e discreta de Deus. A segunda diz que muitas vezes os sinais não se veem, são pequenos, simples e humildes, mas os frutos do reino são enormes.
meditar a palavra
Sou convidado a trabalhar no reino com a paciência de quem sabe que não me compete a mim decidir de que modo e quando é que o meu trabalho dá fruto. Por outro lado, sou chamado a ver com os olhos de Deus a presença do reino nas pequenas coisas deste mundo.
rezar a palavra
Ensina-me a ser pequenino e a reconhecer-te presente nos meus irmãos mais pequenos. Os pequenos aos olhos dos homens são grandes no teu reino, Senhor. Quero ter a capacidade de ver a força que se esconde nas pequenas coisas de cada dia.
compromisso
Hoje vou trabalhar com a alegria de quem sabe que Deus está a construir o seu reino através do meu trabalho.
Via: aliturgia.com