A escola de santidade de São João Bosco

Celebrando hoje a Memória de São João Bosco, que levou tantos jovens ao caminho correto, recordemos as duas realidades fundamentais para a nossa vida espiritual que esse homem notável considerava essenciais: a Confissão e a Comunhão frequentes.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 4, 26-34)

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

Celebramos hoje a Memória de São João Bosco, grande educador e pai dos jovens. São João Bosco, entre os vários métodos que utilizava para educar os jovens e levá-los para o Céu, considerava como colunas de sua formação, a Confissão e a Comunhão frequente. Ele era tão insistente nesse tema em suas cartas e homilias, que quase não podemos citar uma de forma específica. Era uma ladainha constante: ele sempre falava da Confissão e da Comunhão diária, sobretudo da realidade da eficácia de uma Comunhão bem feita. 

No leito de morte, ele disse aos salesianos: “Insistam na comunhão frequente e na confiança em Maria Santíssima Auxiliadora”. Portanto, aqui vemos o método educativo de São João Bosco, que queria educar seus jovens não apenas por fora, mas por dentro, e ele sabia que somente a força da Eucaristia, que toca os corações, é capaz de verdadeiramente nos educar e nos colocar no caminho do Céu. Com isso, São João Bosco estava seguindo o método tradicional de educação da Igreja.

Enquanto em tantos lugares as pessoas queriam — e ainda querem — dar aos jovens simplesmente um conhecimento abstrato do Catecismo, quase como uma cultura cristã, São João Bosco insistia no conhecimento experimental e, dessa forma, chegava a ser ousado. Ou seja, em uma época em que era difícil as pessoas comungarem com frequência, São João Bosco convencia os seus salesianos a se aproximarem da Eucaristia sempre que seus confessores permitissem, e a estes orientava com firmeza: “Permitam a comunhão frequente”. 

No entanto, mesmo querendo tanto que os jovens comungassem diariamente, São João Bosco não permitia que se aproximassem da Eucaristia aqueles que estivessem apegados ao pecado venial, a pecados de estimação. Ele acreditava na eficácia da comunhão; por isso, se uma pessoa que comungava frequentemente não estava mudando de vida e não estava se santificando, significava que ela estava comungando mal. “A Eucaristia é o Pão dos fortes”, recordava São João Bosco; é o pão que verdadeiramente nos dá força para a santidade. 

São João Bosco, apesar de viver em uma época onde as pessoas achavam que os santos faziam parte de uma pequena elite, pregava a santidade para todos os jovens, sem cessar, ensinando-os a ser santos e verdadeiramente querendo levá-los ao caminho da santidade.

Que São João Bosco, esse grande sacerdote que soube iluminar interiormente a alma dos jovens de forma extraordinária, eduque-nos também em sua “escola de santidade”, para que um dia estejamos no Céu com ele, celebrando face a face Aquele que nesta vida é o Pão dos fortes.

Via: padrepauloricardo.org

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