Santa Faustina Kowalska (1905-1938) religiosa
Diário (Fátima, Marianos da Imaculada Conceição, 2003), §§ 1741-1742
Deus, que sois beatitude no vosso próprio Ser e não necessitais, para essa felicidade, de nenhuma criatura – visto que sois a plenitude do amor em Vós mesmo -, pela vossa insondável misericórdia, chamais à existência as criaturas e concedeis-lhes participar da vossa eterna bem-aventurança e da interior e eterna vida divina em que viveis, Deus Uno na Trindade das Pessoas. Em vossa insondável misericórdia, criastes os espíritos angélicos e os admitistes ao vosso amor, à divina intimidade; Vós os tornastes capazes do eterno amor e, embora os tenhais cumulado, Senhor, tão generosamente com o esplendor da beleza e do amor, em nada diminuiu a vossa plenitude, ó Deus, nem tão-pouco aquela beleza e amor Vos completaram, porque sois tudo em Vós mesmo. E, se lhes destes participar da vossa plenitude e lhes permitistes existir e amar-Vos, foi unicamente pelo vosso abismo de misericórdia: eis a vossa inconcebível bondade, pela qual Vos bendizem sem fim, humilhando-se aos pés da vossa Majestade e cantando os seus eternos hinos: «Santo, Santo, Santo…» Bendito, misericordioso Uno e Trino, imenso, inconcebível e infinito. Em Vós a mente não compreende o divino e, pois, canta sem cessar eterno «Bendito». Santo, misericordioso, Criador, inconcebível poder, mas cheio de amor tanto, adorar-Vos é do nosso ser o penhor, cantando o nosso hino eterno: «Santo, Santo, Santo…». Bendito o misericordioso eterno amor, muito além de safira, do celestial manto. Assim a corte de espíritos em louvor entoando seu hino eterno: «Três vezes Santo…».